quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Pura hipocrisia. É somente isso que me cerca. É tão forte que eu sinto vontade de vomitar. Em português bem claro mesmo. Tenho sentido bastante isso, e não é figura de linguagem não: eu realmente sinto vontade de vomitar. Em tudo e em todos, em qualquer lugar. Chego a duvidar das pessoas, encarar a vida de verdade me assusta demais. Eu estou completamente aterrorizada com isso tudo e não tenho ninguém pra conversar sobre. Porque as pessoas são hipócritas demais e eu não tenho mais estômago pra esse tipo de conversa. Sei lá. Não consigo viver nesse mundo.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

“Se meu coração não se emociona mais, fiquei me perguntando o que eu estava fazendo ali. Se não sonho mais, não planejo mais, não desejo mais, não espero mais nada, o que eu estava fazendo ali? Não te amo mais, queria dizer a ele, pela primeira vez, sem esperar que ele sofresse com isso. Sempre quis que ele sofresse com o dia em que eu não o amasse mais. Mas justamente porque eu não o amo mais, nem quero mais que ele sofra. Aliás, não quero mais nada. Só ir embora.” — Tati Bernardi

domingo, 11 de setembro de 2011

Faz falta

A falta que faz. Falta tudo, falta paz. Até quando não falta nada. Até quando todos os pontos estão ligados, a gente desliga alguns pra faltar mais. Fazer dessa falta um algo mais é o que faz a diferença, é o que faz a gente respirar. Ou melhor, suspirar. Suspirar. Quero cantar músicas bregas e falar de amor. Mesmo não conhecendo a letra. Do amor, porque de música brega todo mundo entende. Quero ter e sentir falta depois. Do cheiro, do gosto, do toque. Quero tudo novo. E querer tudo de novo. So what's the matter with you? Sing me something new...

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Wonderland

Eu ouvia seus sons e tentava seguir o seu ritmo. Nunca alcancei. Nunca soube os passos. Me imaginei péssima dançarina e você me conduzia do mesmo jeito. Me enganei. Você me conduzia direitinho, mas nunca fui péssima dançarina. Era a dança que estava errada. Muito errada. E sempre esteve. Depois de tudo que passou, agora eu vejo que estava tudo errado. Até os acertos. Para mim, e é isso que importa. Se está certo pra você e errado pra mim, tá errado. O contrário também. Mas você gosta assim. Então vá fingir que dança com outra pessoa essa coisa sem ritmo que você conduz. Me acostumei com você, por isso fingia que dançava também. Mesmo sabendo há bastante tempo que a gente já tinha parado de dançar. Ou melhor, acho que nunca dançamos. Levo daqui então tudo de bom de você. Mas levo embora comigo e não deixo nada meu. Não deixo porque você não quis nada de mim, apesar de querer tudo sem ter que retribuir. Quando a gente não retribui, as coisas vêm e voltam. E tudo de bom que eu te dei voltou. Mas não tem importância, agora tudo que eu tenho de bom, eu tenho em dobro. E tudo que eu achei que seria bonito com a gente, será lindo com alguém. Estou pulando fora da minha zona de conforto e caindo, igual Alice. Levo isso como algo bom, muito bom. Espero que tenha uma Wonderland quando eu parar de cair, mas isso não precisa ser agora. Só precisa ser. E vai. Só porque eu quero. Só consegui pensar nessa música enquanto escrevia isso.