quarta-feira, 27 de abril de 2011

Tudo está tão esquisito ultimamente. É como se eu perdesse a identidade. Eu não consigo mais falar, eu não consigo mais escrever. Eu não consigo nem gritar... Sei lá, eu só queria você um pouquinho. Só mais um pouquinho. E ir te tendo de pouquinho em pouquinho, pra segurar esse aperto. Aperto que dói, sufoca.
Deita aqui um pouquinho. Eu não vou dormir, eu nunca durmo, mas eu nem ligo. Acordada eu posso ver que dormindo você me quer. Você me beija e nem sabe. Você não me dá as costas dormindo... Então deita aqui só mais um pouquinho. Me explica esse mundo tão confuso. Eu te explico o meu, você sabe que eu tenho paciência em te explicar tudo. Você sabe que eu me machuco por você, pra não doer em você dói tanto em mim.
Você dorme sempre, mas olha mais um pouquinho pra mim. Me faz tão bem. Me faz tão mal.
Eu sei que essa vida não é fácil, eu sei que tem muitas pedras no caminho, mas eu cuido de você. Cuida de mim...
Eu sou tão sua e você nem percebe.
Tá sufocando demais, tá apertado demais. Cuida de mim.
Eu não preciso de você, você não precisa de mim. Mas juntos a gente não precisa de mais ninguém. Vem, cuida de mim.