um dia, assim, sem mais nem menos, espero te encontrar.
não vou te cobrar explicações; nem te dizer o que eu guardei dentro de mim desde aquele dia.
não vou falar das vezes que olhei para o teto e me peguei pensando em você, em tudo aquilo que eu queria te dizer.
nem espero que você me diga aquelas coisas que um dia sonhei que dissesse.
e nem que você pessa perdão por aquilo que me fez acreditar.
não direi que senti fata dos seus beijos, e que nenhum outro foi igual.
não vou inventar outras paixões, e nem mentir sobre outros amores.
não quero perguntar como está o seu amor, e nem quero que toque nesse assunto.
aliás, não falaremos de amor, ok?
não vou lembrar da nossa música, não vou cantá-la com você, e muito menos mencionar que nunca mais a escutei. porque não quis.
não quero saber se você foi feliz comigo, nem o que representei para você.
não vou olhar nos seus olhos, e nem ouse tocar minha mão.
nunca mais passo por aquele lugar, e não me faça te ver por lá.
não vou lembrar da nossa faltade assunto, sem falar das risadas fora de hora.
lembra daquele dia? então apaga da memória.
não, não diga que sentiu saudades. não minta para mim!
não tente me explicar porque foi em bora, não quero saber. você já foi.
não me diga o nome dela, e nem me pergunte quem é ele.
só me abrace. finja que nada aconteceu. me diga oi, e finja que acabou de me conhecer.
não faça com que eu lembre que você se foi, e sim que você um dia veio.

sou assim.

eu sou seu princípio; seu medo no escuro, o vazio que grita a plenos pulmões
a música que toca suave no canto do seu peito. a incerteza do medo, a certeza do imperfeito.
o conto de fadas, a dança na chuva. a brincadeira antes do beijo. a risada antes do suspiro.
o abraço apertado, o choro calado. a vontade de ficar quando se está partindo.

seu meio; a briga sem sentido. a dança solitária, a vida vazia.
o cheiro da flor que morre. a primeira estrela a brilhar no céu, a última a apagar!
aquela que sorri quando você chega. aquela que não vai esquecer seu nome, a única.
a que você olhará de lado, a que sente saudades. a que não vê sempre.
o toque no pescoço, o beijo diferente.

seu fim; o adeus sem olhar pra trás. o abraço de lado, o beijo sem jeito.
a dança vazia, o gosto sem cheiro, o cheiro sem vida. a vida perdida, talvez inacabada. morta.
a viagem sem volta. a ida sem vinda, o olhar escondido... no fundo dos olhos.
a despedida do sorriso, o encontro com o último, a canção preferida. o último beijo.


mas sei, sou seu passado inexistente, seu presente escondido, seu futuro prometido!



Lú Silveira.

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[arrependimento] por que eu fui escrever aquilo no último post? [/arrependimento]

você veio, e foi embora. eu aguentei tudo calada.
como aconteceu das outras vezes. da outra vez.
mas o fato d'eu não parar de pensar em você ; e de não conseguir mais ouvir aquela música
não vai me impedir de NADA.
sinto saudades, sim. mas já ta indo embora.
e dessa vez eu não to mentindo para mim mesma!
e segunda? segunda eu vou pensar em mim mesmo ;)


até lá :*





Louise Silveira