Enquanto todos teimavam em dizer tudo o que pensavam ser o que ela queria ouvir, a cabeça dela estava em outro lugar. Não muito longe dali, ele estava perdido em pensamentos. Tentando organizá-los da melhor maneira possível, para ver se entendia alguma coisa. Não era difícil perceber que tudo em que ele pensava termina nela. E ele se sentiu estranho ao perceber isso.
Ele não conseguia distinguir se isso era bom ou ruim. Era bom, finalmente ele percebeu. Mas ao mesmo tempo não dava pra saber por quanto tempo isso iria durar. Inconstante do jeito que ela era, ele não sabia quando ela sumiria novamente. E isso o incomodava de tal maneira que ele sentia raiva dela. Tentava, então, pensar em outra coisa, em vão.
Aqueles olhos permaneciam na cabeça dele desde o momento que ele a viu, toda desajeitada. Como ele não os notara antes? Como pôde deixá-los escapar? De repente ele percebeu que já sentira tal sensação antes. E ele se lembrou de um dia especifico, a muitos meses atrás. Sim, era ela novamente na sua cabeça.
Ele desejou pensar em outra coisa, sair dali um pouco. Pensou em ligar pra alguém, quem sabe uma garota. Não faltavam opções na sua agenda, quem sabe alguma delas o fazia pensar em outra coisa, pelo menos por uns instantes. Foi quando ele passou pelo número dela na agenda telefônica e parou. Pensou em ligar pra ela, por que não? Só pra saber como iam as coisas. Mas desistiu. Tinha medo de que aqueles pensamentos (os quais não saiam da cabeça dele) voltassem de vez. E ele não sabia exatamente se era isso que queria. Continuou correndo a lista telefônica para ver com quem ele sairia àquela noite.
Acabou saindo com um amigo, que passou na casa dele para chamá-lo pra ir à praia. Ele temia que os pensamentos sobre ela voltassem naquele lugar, mas foi assim mesmo. Já eram 17h15min e ele não tivera noticias dela. E se perguntou por que se incomodava com isso. Não acontecera nada no dia anterior e não havia nem 24h que eles tinham se visto. Na praia se encontrou com outros amigos, se divertiu, bebeu, fumou, pensou em outras coisas, fez outras coisas e seus pensamentos ficaram de lado.
Chegou em casa de manhã, morto de sono. Olhou o Orkut para ver se tinha algum recado importante, quando viu a foto dela. Seu estômago embrulhou de repente e, sem querer, desejou que tivesse algum recado dela. Nem que fosse um “oi” qualquer. Se decepcionou quando não viu nada, nem sinal dela por ali. Seu estômago embrulhou novamente, de uma forma diferente. “O que está acontecendo comigo?”. Entrou no chuveiro, deixou a água rolar, colocou uma samba-canção e deitou na cama pra dormir.
Acordou quase de noite, com a imagem dela na cabeça. Tinha certeza que sonhara com ela, mas não conseguia se lembrar exatamente o quê. Deixou isso pra lá, foi comer alguma coisa. Ficou feliz pelo fato de ter ficado tanto tempo sem pensar nela, apesar de não se lembrar muito da noite anterior. Pensou em ligar o computador, mas achou melhor ver um filme.
Alguma coisa o incomodava, mas ele queria que isso passasse logo de uma vez. Ele sabia que a culpada era ela, mas ele não estava pronto pra isso agora. Não, não ia tudo bem em sua vida, mas ele não a ajudaria em nada voltando pra sua vida. Ela não merecia isso, de novo. E decidiu, enfim, que faria de tudo que fosse possível para tirá-la de sua cabeça. E mais ainda para não deixar que ela o fizesse entrar em seu coração.
continua...
Lu , lindo *-*
ResponderExcluiro melhor é que você sabe escrever como menino =D
tipo , pensando . :)
adooorei *O*
quero escrever igual :B
te amo.
hsaiuhsihahsua me sinto melhor escrevendo como menino 'hm
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